segunda-feira, 1 de novembro de 2010

urbanização do Brasil

Somente na segunda metade do século 20, o Brasil tornou-se um país urbano, ou seja, mais de 50% de sua população passou a residir nas cidades. A partir da década de 1950, o processo de urbanização no Brasil tornou-se cada vez mais acelerado. Isso se deve, sobretudo, a intensificação do processo de industrialização brasileiro ocorrido a partir de 1956, sendo esta a principal conseqüência entre uma série de outras, da "política desenvolvimentista" do governo Juscelino Kubitschek.

É importante salientar que os processos de industrialização e de urbanização brasileiros estão intimamente ligados, pois as unidades fabris eram instaladas em locais onde houvesse infra-estrutura, oferta de mão-de-obra e mercado consumidor. No momento que os investimentos no setor agrícola, especialmente no setor cafeeiro, deixavam de ser rentáveis, além das dificuldades de importação ocasionadas pela Primeira Guerra Mundial e pela Segunda, passou-se a empregar mais investimentos no setor industrial.

Êxodo rural

As indústrias, sobretudo a têxtil e a alimentícia, difundiam-se, principalmente nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Esse desenvolvimento industrial acelerado necessitava de grande quantidade de mão-de-obra para trabalhar nas unidades fabris, na construção civil, no comércio ou nos serviços, o que atraiu milhares de migrantes do campo para as cidades (êxodo rural).

O processo de urbanização brasileiro apoiou-se essencialmente no êxodo rural. A migração rural-urbana tem múltiplas causas, sendo as principais a perda de trabalho no setor agropecuário - em conseqüência da modernização técnica do trabalho rural, com a substituição do homem pela máquina e a estrutura fundiária concentradora, resultando numa carência de terras para a maioria dos trabalhadores rurais.

Assim, destituídos dos meios de sobrevivência na zona rural, os migrantes dirigem-se às cidades em busca de empregos, salários e, acima de tudo, melhores condições de vida.

População urbana

Atualmente, a participação da população urbana no total da população brasileira atinge níveis próximos aos dos países de antiga urbanização da Europa e da América do Norte. Em 1940, os moradores das cidades somavam 12,9 milhões de habitantes, cerca de 30% do total da população do país, esse percentual cresceu aceleradamente: em 1970, mais da metade dos brasileiros já viviam nas cidades (55,9%). De acordo com o Censo de 2000, a população brasileira é agora majoritariamente urbana (81,2%), sendo que de cada dez habitantes do Brasil, oito moram em cidades.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2005 o Brasil tinha uma taxa de urbanização de 84,2% e, de acordo com algumas projeções, até 2050, a porcentagem da população brasileira que vive em centros urbanos deve pular para 93,6%. Em termos absolutos, serão 237,751 milhões de pessoas morando nas cidades do país na metade deste século. Por outro lado, a população rural terá caído de 29,462 milhões para 16,335 milhões entre 2005 e 2050.

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O processo de urbanização no Brasil difere do europeu pela rapidez de seu crescimento. Na Europa esse processo é mais antigo. Com exceção da Inglaterra, único país que se tornou urbanizado na primeira metade do século 19, a maioria dos países europeus se tornou urbanizada entre a segunda metade do século 19 e a primeira metade do século 20. Além disso, nesses países a urbanização foi menos intensa, menos volumosa e acompanhada pela oferta de empregos urbanos, moradias, escolas, saneamento básico, etc.

Em nosso país, 70 anos foram suficientes para alterar os índices de população rural e os de população urbana. Esse tempo é muito curto e um rápido crescimento urbano não ocorre sem o surgimento de graves problemas.


Favelização e outros problemas da urbanização

A urbanização desordenada, que pega os municípios despreparados para atender às necessidades básicas dos migrantes, causa uma série de problemas sociais e ambientais. Dentre eles destacam-se o desemprego, a criminalidade, a favelização e a poluição do ar e da água. Relatório do Programa Habitat, órgão ligado à ONU, revela que 52,3 milhões de brasileiros - cerca de 28% da população - vivem nas 16.433 favelas cadastradas no país, contingente que chegará a 55 milhões de pessoas em 2020.

O Brasil sempre foi uma terra de contrastes e, nesse aspecto, também não ocorrerá uma exceção: a urbanização do país não se distribui igualitariamente por todo o território nacional, conforme podemos observar na tabela abaixo. Muito pelo contrário, ela se concentra na região Sudeste, formada pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.

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  • Região Sudeste

  • Centro-Oeste e Sul

  • Norte e Nordeste

  • Apesar desses quatro Estados ocuparem somente 10% do território brasileiro, a segunda menor em área, neles se encontram mais de 78 milhões de habitantes (IBGE, 2005), 90,5% dos quais vivem em cidades.

    É também no Sudeste que se encontram três das cidades brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte), bem como 50% das cidades com população entre 500 mil e 1 milhão de habitantes.

    As sucessivas crises econômicas que o país conheceu nas últimas décadas fez seu ritmo de crescimento em geral diminuir e com isso o fluxo migratório para o Sudeste se reduziu e continua em declínio.

    A segunda região de maior população urbana no país é a Centro-Oeste, onde 86,7% dos habitantes vivem em cidades. A urbanização dessa região é ainda mais recente e foi impulsionada pela fundação de Brasília, em 1960, e pelas rodovias de integração nacional que interligaram a nova capital com o Sudeste, de um lado, e a Amazônia, de outro. Além disso, há o desenvolvimento do setor do agronegócio. A agropecuária impulsionou a urbanização do Centro-Oeste, cujas cidades apresentam atividades econômicas essencialmente de caráter agro-industrial.

    A região Sul, apesar de contar com o terceiro maior contingente populacional do país - mais de 26 milhões de habitantes, 80,9% vivendo em cidades - e uma economia vigorosa, também baseada na agropecuária apresenta um índice mais baixo de urbanização. Ao contrário da região Centro-Oeste, a região Sul conheceu uma urbanização mais lenta e limitada até o início da década de 1970.

    A estrutura agrária assentada na pequena propriedade e no trabalho familiar, apoiado no parcelamento da terra nas áreas de planaltos subtropicais, limitava a migração de pessoas do campo para o meio urbano. Depois, a mecanização da agricultura e a concentração fundiária impulsionaram o êxodo rural.

    O grau de urbanização da região Norte é o mais baixo do país: 69,9% em 2003. No entanto, é a região que mais se urbanizou nos últimos anos. Entre 1991 e 2000, segundo o IBGE, o crescimento urbano foi de 28,54%. Além de ter-se inserido tardiamente na dinâmica econômica nacional, a região tem sua peculiaridade geográfica - a floresta Amazônica - que representa um obstáculo ao êxodo rural. Ainda assim, Manaus (AM) e Belém (PA) são as principais regiões metropolitanas com mais de 1 milhão de habitantes cada.

    Com mais de 51 milhões de habitantes o Nordeste é a região brasileira com o maior número de municípios (1.793), mas somente 69,1% de sua população é urbana. A estrutura agrária baseada na pequena propriedade familiar, na faixa do Agreste, colaborou para segurar a força de trabalho no campo e controlar o ritmo do êxodo rural. O baixo rendimento e a baixa produtividade do setor agrícola restringiu a repulsão dos habitantes rurais, ao passo que o insuficiente desenvolvimento do mercado regional limitou a atração exercida pelas cidades.

    tipos de cidades

      As cidades podem ser classificadas da seguinte forma:
    a) Quanto ao sítio: sítio urbano refere-se ao local no   qual está superposta a cidade, sendo assim a classificação quanto ao sítio leva em consideração a questão topográfica. Como exemplo temos: cidades onde o sítio é uma planície, um planalto, uma montanha, etc.
    b) Quanto à situação: situação urbana corresponde à posição que ocupa a cidade em relação aos fatores geográficos. Como exemplo temos: cidades fluviais, marítimas, entre o litoral e o interior, etc.
    c) Quanto à função: função corresponde à atividade principal desenvolvida na cidade. Como exemplo temos: cidades industriais, comerciais, turísticas, portuárias, etc.
    d) Quanto à origem: pode ser classificada de duas formas: planejada e espontânea. Como exemplo temos: Brasília, cidade planejada e Belém, cidade espontânea.

    Urbanização mundial

    URBANIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL E BRASILEIRO
         A urbanização deve ser entendida como um processo que resulta em especial da transferência de pessoas do campo para a cidade, ou seja, crescimento da população urbana em decorrência do êxodo rural.                             Um espaço pode ser considerado urbanizado, a partir do momento em que o percentual de população urbana for superior a rural.
         Sendo assim, podemos dizer que hoje o espaço mundial é predominantemente urbano. Mas isso não foi sempre assim, durante muito tempo à população rural foi superior a urbana, essa mudança se deve em especial, ao processo de industrialização iniciado no século XVIII, que impulsionou o êxodo rural nos locais em que se deu, primeiramente na Inglaterra, que foi o primeiro pais a se industrializar, e depois se expandiu para outros países, como os EUA, França, Alemanha, etc., a maioria desses países hoje já são urbanizados.
         Nos países subdesenvolvidos de industrialização tardia, esse processo só começou no século XX, em especial a partir da 2ª Guerra Mundial, e tem se dado até hoje de forma muito acelerada, o que tem se configurado como uma urbanização anômala trazendo uma série de conseqüências indesejadas para o espaço urbano desses países. Atualmente até mesmo os países de industrialização inexpressiva vivem um intenso movimento de urbanização, é o que ocorre em países africanos como a Nigéria.

    FATORES QUE CONTRIBUEM COM O ÊXODO RURAL
    Existem dois tipos de fatores que contribuem com o êxodo rural, são eles:
    a)       Repulsivos: são aqueles que expulsam o homem do campo, como a concentração de terras, mecanização da lavoura e a falta de apoio governamental.
    b)       Atrativos: são aqueles que atraem o homem do campo para as cidades, como a expectativa de emprego, melhores condições de saúde, educação, etc.
         Em países subdesenvolvidos como o Brasil, os fatores repulsivos costumam predominar sobre os atrativos, fazendo com que milhares de trabalhadores rurais tenham que deixar o campo em direção das cidades, o que em geral contribui com o aumento dos problemas urbanos na medida em que as cidades não tem estrutura suficiente para receber esses trabalhadores, com isso proliferam-se as favelas, aumenta a violência, faltam empregos, dentre outros problemas.

    DIFERENÇAS NO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO
         Existem diferenças fundamentais no processo de urbanização de países desenvolvidos e subdesenvolvidos, abaixo estão relacionadas algumas delas:

    a)       Desenvolvidos:
    ·         Urbanização mais antiga ligada em geral a primeira e Segunda revoluções industriais;
    ·         Urbanização mais lenta e num período de tempo mais longo, o que possibilitou ao espaço urbano se estruturar melhor;
    ·         Formação de uma rede urbana mais densa e interligada.
    b)       Subdesenvolvidos:
    ·         Urbanização mais recente, em especial após a 2ª Guerra mundial;
    ·         Urbanização acelerada e direcionada em muitos momentos para um número reduzido de cidades, o que gerou em alguns países a chamada macrocefalia urbana";
    ·         Existência de uma rede urbana bastante rarefeita e incompleta na maioria dos países.
    Obs. Nas metrópoles dos países desenvolvidos os problemas urbanos como violência, transito caótico, etc., também estão presentes.

    Tipos de clima

    Clima equatorial – Corresponde às regiões situadas logo depois do Equador, para norte e para o sul, cerca de 5º de latitude. Apresenta uma só estação com altas temperaturas (27º C) e chuvas torrenciais. Grandes oscilações térmicas diárias (10º C). A precipitação encontra-se entre os 1.500 mm aos 4.000 mm ao ano.

    Clima tropical – Corresponde às regiões tropicais dos dois hemisférios, tem duas estações uma seca outra chuvosa. As temperaturas são elevadas (26º C), precipitações entre os 600 mm e os 1.000 mm. À medida de que nos distanciamos do Equador, aqui com cerca de 3 meses em estação seca, este valor aumenta até os 9 meses. São característicos deste clima furacões, temperaturas violentas e ciclones. Um exemplo de um clima tropical é o clima chinês e monçonico que depende dos ventos que sopram do mar e vice-versa.

    Clima desértico – Existe nas áreas subtropicais do planeta. Há uma ausência de precipitação quase na totalidade, com amplitudes térmicas diárias muito elevadas.

    Clima temperado – Dá-se nas latitudes médias. Possui quatro estações, dependendo das temperaturas e precipitações. Existem 4 tipos:
     
              . Clima mediterrâneo – Os invernos são suaves e húmidos e os verões quentes e secos. Há 150º C de oscilação térmica anual com 400 mm de pluviosidade.
              . Clima atlântico – As temperaturas são suaves todo o ano e chuvas constantes (2.000 mm por ano em média). A oscilação térmica anual é de 10º C.
              . Clima continental – Os invernos são frios e verões muito quentes. A oscilação térmica anual é de 20º C. A pluviosidade está entre os 500 mm e os 1.000 mm.
              . Clima temperado frio – É idêntico ao anterior mas com temperaturas mais baixas.

         Clima Polar – Este clima é próprio das zonas polares dos dois hemisférios. As temperaturas são extremas pois não passam de 10º C no mês mais quente. As neves são quase perpétuas. O verão é muito curto sendo sempre dia e no inverno, uma estação longa, sendo quase sempre noite. A oscilação térmica anual é de 25º C a 30º C. As precipitações não passam dos 350 mm, que caem sempre em forma de neve. A Gronelândia e a Antárctida estão permanentemente cobertas de gelo, possuem uma clima um pouquinho diferente do anterior, pois os invernos são perpétuos (temperaturas sempre abaixo de zero) e existência de furacões e fracas precipitações (cerca de 50 mm anuais).

    Clima 2



         Os climas da terra são uma combinação num determinado lugar e durante um longo período de tempo, de uma série de elementos do clima como, os valores da temperatura, precipitação, pressão atmosférica, ventos, nebulosidade, humidade, etc.. Assim é algo permanente ano após ano com ligeiras alterações. É desta forma que é permitido desenvolver num determinado local uma paisagem vegetal, uma fauna característica e capacidade agrícolas concretas. O clima é diferente do tempo pois este apesar de ser a combinação de fenómenos meteorológicos, mede-se num período de tempo pequeno.

    Factores do Clima


         Os factores do clima são agentes causais que determinam os elementos do clima, este últimos são os valores que combinando-se, caracterizam o clima de um lugar. Estes factores são então, a Latitude, Altitude e a posição face à massa marítima ou continental do lugar.
     
              - Latitude – é a distância do equador ao ponto situado na superfície terrestre. Geralmente quanto mais longe do Equador, ou seja quanto maior a latitude, mais baixas são as temperaturas e vice-versa. Mas devido ao movimento de translação da Terra as coisas divergem um pouco. O sol movimenta-se todos os anos aparentemente desde o Trópico de Capricórnio (21 de Dezembro) – Solstício de Dezembro (no hemisfério norte começa o inverno e vice-versa). Os raios de sol chegam ao pólo norte e iluminam durante 24 horas o pólo sul. A 21 de Março, os raios solares incidem sobre o Equador – Equinócio de Março (a norte ocorre a Primavera e no sul o Outono). A 21 de Junho o sol encontra-se sobre o trópico de Câncer – Solstício de Junho (a norte ocorre o verão e a sul ocorre o Inverno). A 23 de Setembro os raios solares voltam a incidir verticalmente sobre o Equador – Equinócio de Setembro (a norte ocorre o Outono e a Sul ocorre a Primavera).
         Deduz-se que:
                        . Quando os raios de sol incidem num ângulo recto sobre a Terra, numa determinada área, as temperaturas ai são muito altas. À medida que nos afastamos do anel os raios incidem obliquamente, a quantidade de energia recebida é menor.
                        . O afastamento do equador traduz uma menor exposição diária ao sol, que depois depende das épocas do ano, os dias serem maiores ou menores.
     
              - Altitude – é a distância entre o nível médio das águas do mar ao ponto da superfície terrestre na vertical. As temperaturas diminuem em cerca de 1º C em cada 150 m. Isto porque nas zonas mais altas, o ar é menos denso e portanto não retém tanto calor. Com o arrefecimento do ar, alcança-se o ponto de saturação, dando lugar à condensação de água e logo depois a precipitação.

           - Posição face ao mar – O mar actua como regulador térmico, pois as superfícies dos oceanos aquecem e arrefecem mais lentamente que as massas continentais. Assim os lugares perto do mar não apresentam grande amplitudes térmicas ou seja mudanças de temperatura. Nas regiões perto dos ventos marinhos, existe mais tendência para a precipitação que é repartida ao longo do ano.

              - Temperaturas – estas indicam a quantidade de calor ou frio que faz numa região. Depende principalmente da radiação solar que o local recebe. Mede-se num Termómetro, na escala Celsius (º C). No caso da água pura o seu ponto de congelação é atingido aos 0º C e o ponto de ebulição aos 100º C. Também existe a escala de Fahrenheit em que o ponto de congelação da água é aos 32º F e o de ebulição aos 212º F. Distingue-se assim os climas frios de quentes.

           - Precipitações – é a quantidade de água de chuva, neve ou granizo, que cai num determinado lugar. A abundância ou escassez de precipitações distingue climas húmidos, secos e áridos. A nebulosidade está interrelacionada com este factor. Esta é considerada o número de dias por ano em que o céu está cheio de nuvens. É também um factor do clima pois a nuvens não deixam passar todos os raios solares reflectidos pela superfície da terra e diminui a quantidade de calor que a crosta terrestre perde por irradiações. É por este motivo que nos dias de muita nebulosidade não faz tanto frio como nos dias com luz do sol.

           - Ventos – é uma massa de ar em movimento. Possui duas características principais que é a velocidade e a direcção. A velocidade mede-se com um Anemómetro (Km/h) e se este for superior a 117 km/h denomina-se Furacão. A direcção do vento mede-se com cata-ventos que indicam os pontos cardeais. São os ventos que transportam de um lado para o outro massas de ar diferentes, que podem deixar calor por onde passam ou frio. Quando duas massas de ar muito distintas confluem uma com a outra pode dar-se origem a um furacão ou tufão.


    clima do brasil

    CLIMAS DO BRASIL


    A diversidade climática

    O Brasil possui uma grande variedade de climas, devido ao seu território extenso (8,5 milhões de km2), à diversidade de formas de relevo, à altitude e dinâmica das correntes e massas de ar. Cerca de 90% do território brasileiro localiza-se entre os trópicos de Câncer e Capricórnio, motivo pelo qual usamos o termo "país tropical". Atravessado na região norte pela Linha do Equador e ao sul pelo Trópico de Capricórnio, a maior parte do Brasil situa-se em zonas de latitudes baixas, nas quais prevalecem os climas quentes e úmidos, com temperaturas médias em torno de 20 ºC.


    Os tipos de clima

    A classificação de um clima depende de diversos fatores, como a temperatura, a umidade, as massas de ar, a pressão atmosférica, as correntes marítimas e ventos, entre outros. A classificação mais utilizada para os diferentes tipos de clima do Brasil assemelha-se à criada por Arthur Strahler, se baseando na origem, natureza e movimentação das correntes e massas de ar.

    Sabe-se que as massas de ar que interferem mais diretamente são a equatorial (continental e atlântica), a tropical (continental e atlântica) e a polar atlântica. Dessa forma, são verificados no país desde climas superúmidos quentes, provenientes das massas equatoriais, como é o caso de grande parte da região Amazônica, até climas semi-áridos muito fortes, próprios do sertão nordestino. Temos então, como principais tipos climáticos brasileiros:
    • Subtropical
    • Semi-árido
    • Equatorial úmido
    • Equatorial semi-úmido
    • Tropical
    • Tropical de altitude